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CATTLEYA HARRISONIANA (orquídea)

Quando eu era mais jovem, via minha avó cuidando de suas plantas com todo amor e carinho, e acabei herdando dela esse mesmo amor. Dentre as espécies havia uma orquídea, que ficava grudada em uma amendoeira no meio do quintal.

Eu gostava de admirar aquela flor delicada, que saía daquela touceira, cheia de pequenos insetos e resíduos de folhas e cascas da árvore, mas jamais imaginava que um dia aquela planta seria uma presença marcante da minha amada avó em minha vida.

Quando minha avó faleceu eu herdei aquela orquídea.

Lembro até hoje o quanto foi difícil destacá-la do caule da amendoeira. Embora suas flores sejam delicadas, suas raízes são poderosas, e todo cuidado deve ser tomado para que as mesmas não se arrebentem na hora da retirada e possam “morar” em outro lugar.

Felizmente consegui honrar o legado de minha vozinha e hoje estou com esta orquídea fixada nas raízes de minha hera que está no muro, há cerca de 20 anos.

Isso mesmo! A minha orquídea tem mais de 20 anos de idade.

Hoje eu sei que minha orquídea tem nome e sobrenome. Ela se chama: Cattleya Harrisoniana. Vamos descobrir algumas coisas sobre ela?

É uma espécie brasileira que tem como habitat a região que vai da Serra do Japi, em São Paulo, seguindo pela parte baixa da Serra da Mantiqueira, mangues de quase toda a Baixada Fluminense até o litoral norte do Espírito Santo.

Altura: 30 a 40cm

Luminosidade: meia sombra

Floração ocorre apenas uma vez por ano, de dezembro a fevereiro; suas flores tem boa durabilidade (cerca de 1 semana).

Gosta mesmo é de ficar enraizada em troncos de árvores ou em vasos de barro ou de xaxim. O substrato para o seu cultivo é aquele composto principalmente de folhas decompostas e xaxim (ou fibra de coco) macio.

Ela não gosta do sol das 11 às 3 da tarde.

Regas: devem ser constantes no início do desenvolvimento da muda. Depois, sempre que o solo estiver seco e uma vez por quinzena nos meses mais frios.

Adubação: resumem-se às pulverizações quinzenais com NPK 10-10-10 (fertilizante foliar), utilizando a quantidade recomendada pelo fabricante. Dois meses antes do período da floração é recomendado usar NPK 4-14-8 (líquido).

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CLÚSIA

É uma planta nativa do Brasil, que pode alcançar até 4 metros de altura. Sua folha é ovalada e pode ser verde brilhante ou manchadinha de branco ou creme, o qual chamamos de variegada.

Essa lindeza de folhagem é multifuncional, podendo ser cultivada em vasos grandes ou servindo de cerca viva, fica um charme, já que aceita ser podada. Sua poda pode ser feita duas vezes ao ano e de preferência no início do inverno.

Seu substrato tem que ser bem fértil e mantido úmido para que ela cresça feliz.

A clúsia não costuma dar problemas com pragas, pois seu caule, folhas e frutos produzem uma substância chamada tanino que possui um gosto amargo e deixam de longe aqueles bichinhos sugadores, como cochonilhas.

Sua reprodução é feita por estaca, que pega com facilidade desde que você saiba escolher um bom galho. Essa foto que você vê neste artigo é da minha clúsia, que eu fiz muda deste jeito, por estaca. Porém não pense que foi de primeira que ela pegou, esta foi a segunda estaca que eu plantei. Ao retirar a estaca é importante tirar um pedaço forte e com, pelo menos, três nós, para que ela enraíze melhor.

Vamos fazer um pequeno manual de plantio.

Tamanho: até 4 metros

Mudas: por estaca

Luz: meia sombra ou sol pleno

Rega: muita água

Flores: no outono (sem perfume)

Adubação: mensal nos meses de verão e primavera e, nos meses de outono e inverno, a adubação pode ser de 2 em 2 meses.

Crescimento: demora cerca de 3 a 4 meses

Se sua intenção é fazer uma composição com outras plantas, seja no interior da casa (perto de uma janela) ou no exterior, em vasos ou cercas vivas, a clúsia é uma ótima opção.

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GERÂNIOS

Originário da África do Sul, é uma espécie que consegue alcançar entre 60 e 90cm de altura. Existem dois tipos de gerânio: arbustivo (que fica mais ereto e pode ser feito maciço com ele; alcança até 70cm de altura) e o pendente, que forma lindas cascatas em floreiras, podendo alcançar até 80cm de comprimento.

São considerados plantas semi-suculentas porque seus caules reservam bastante água.

Para conseguir diferenciar o tipo de gerânio, basta verificar sua folha: o tipo arbustivo tem a folha mais pilosa, aveludada e perfumada (cheiro de malva); sua folha tem uma mancha que parece uma ferradura, o que lhe dá o nome de gerânio ferradura.

Já o gerânio pendente tem a folha mais lisa, brilhante.

Propagação: estaquia, sementes. As estacas podem ser colocadas em água ou em mistura arenosa para enraizar; elas devem ter pelo menos 2 ou 3 gemas (nós)

Iluminação: sol pleno; porém preferem temperaturas amenas (eu aconselharia colocá-lo em local de meia sombra, se você mora em região muito quente, pois quando coloquei o meu em sol pleno suas folhas queimaram) ; redobre os cuidados em épocas de extremo calor ou em ambientes muito úmidos, que podem prejudicar a planta. No primeiro caso, será preciso aumentar as regas, já no segundo, o oposto, diminuí-las pela metade, para evitar o aparecimento de doenças causadas por fungos e bactérias, como míldio ou ferrugem, por exemplo.

Rega: moderada

Plantio: o ano todo

Floração: o ano todo (principalmente na primavera e no verão), quando em boas condições de iluminação; formam-se buquês em sua extremidade, com flores em tons de branco, rosa e vermelho.

Plantio: uma parte de terra e uma de composto orgânico (ou esterco ou ainda húmus de minhoca, nunca os três juntos)

Durante o inverno o gerânio costuma perder suas folhas e ficar feio, porém não pense que ele morreu; ao passar a época de frio, ele ressurge com força e cheio de brotos.

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VINCA

 Essa simpática florzinha, embora com aspecto frágil e delicado, é considerada uma poderosa aliada na indústria farmacêutica devido às suas propriedades medicinais.

A vinca é utilizada na composição de diversos medicamentos por possuírem substâncias como a vincristina e a vindesina, usadas na produção de remédios contra a leucemia juvenil, por exemplo.

Tanto as folhas quanto as flores são usadas para diminuir a febre, tratar caspa e regular a hipertensão, porém toda substância terapêutica deve ser acompanhada por um médico por ser considerada tóxica.

Essa adorável planta é considerada rústica, de fácil cultivo e propagação, o que lhe confere o título de planta invasora face sua rápida germinação.

Suas cores, na maioria das vezes, são o tom róseo, porém podem variar do branco ao rosa escuro.

Tamanho: pode alcançar de 50 a 80 cm de altura

Luz: prefere sol pleno mas se adapta bem em meia sombra.

Solo: rico em matéria orgânica (esterco).

Rega: molhar sempre que o solo começar a secar, uma vez que ela gosta de solo úmido (mas não encharcado).

Floração: o ano todo

Mudas: pode ser feita por sementes ou estacas. Pegue um galho saudável da planta mãe, retire as folhas mais baixas e as flores que estiverem no galho; coloque a estaca num pote com terra adubada e deixe-a em local sombreado por cerca de 30 dias ou até que comece a brotar novos ramos; molhe diariamente para manter o solo úmido. Depois que a planta estiver bem enraizada, faça a rustificação da mesma, levando-a aos poucos, ao sol pleno.

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BRINCO DE PRINCESA

BRINCO DE PRINCESA (A PLANTA QUE É UMA VERDADEIRA JÓIA PRECIOSA)

Como o próprio nome já diz, é uma flor tão linda e delicada que é digna de uma verdadeira princesa. De tons variados que podem ser lilás, rosa, vermelho e branco, enchem nossos olhos de alegria ao contemplá-las.

Nome científico: Fuchsia sp e faz parte da família Onagraceae.

Nativa do continente americano, se adapta melhor em climas mais amenos como os que encontramos em regiões serranas. Gosta de receber pelo menos 8 horas de sol por dia, preferencialmente o da manhã.

Para mantê-la saudável é necessário fazer adubação periodicamente para que floresça e deixar o seu substrato sempre úmido (sem encharcar), tendo o cuidado de fazer uma boa drenagem no vaso onde irá colocá-la.

As fotos que você está vendo no artigo são da minha plantinha, que infelizmente hoje não está mais entre nós. Sim! Eu não me dei conta do tanto que ela é frágil em climas quentes, como é o da região em que moro, e acabei perdendo-a por falta de rega.

Quando eu comprei a Brinco de Princesa, eu sabia que ela não gostava de calor (normalmente no horto em que faço minhas aquisições, as plantas vêm de regiões mais amenas como Minas Gerais e obviamente não daria certo comigo), mas a minha vontade de tê-la era mais forte que a minha falta de juízo.

 

“NÃO COMETA O MESMO ERRO QUE EU!”

 

O vaso para o Brinco de Princesa é também importante na hora da escolha, porque ela é uma planta pendente e que precisa de espaço para se “espalhar”.

Propagação: através da técnica de enxertia, por sementes ou por estacas, retiradas de uma planta saudável. Normalmente a propagação por estaca é a mais utilizada, por ser a solução mais fácil e que resulta melhor resultado.

Para fazer mudas por estacas deve-se fazer o seguinte procedimento: corte um caule que esteja verde e flexível, com 7 a 10 cm, deixando do lado que vai para a terra 1 cm de caule livre, abaixo do primeiro nó. No nó seguinte, onde devem ter duas folhas, cortam-se as pontas (metade) das folhas deixando apenas o pecíolo ou pé da folha ligado ao caule.

No topo deve ficar o chamado ápice, com duas ou três folhas, que se mantêm sem cortar. Convém desinfetar os instrumentos de corte que forem utilizados, com álcool puro ou outro produto desinfetante, para que não contamine o bebezinho que estamos gerando.

Pulveriza-se o pé do ramo cortado com um pouco de fertilizante para enraizar e coloca-se em solo preparado e úmido, pressionando com os dedos cuidadosamente junto ao caule para o segurar firmemente. Enterra-se apenas um pedaço até um pouco abaixo do segundo nó, para que fique bem fixo e não apodreça.

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FICUS BENJAMINA

Esta figueira é extremamente utilizada na arborização urbana em várias cidades brasileiras. Além de ser plantada ao ar livre, é muito utilizada como planta de interiores ou de jardim, onde costuma ser cultivada em vasos.

Originária da Índia e Filipinas, esta espécie costuma alcançar cerca de 20 a 30 metros de altura quando plantada no chão.

Suas folhas são pendentes e muito brilhantes. Existem a de cor verde e a variegata.

O solo para seu cultivo deve ser rico em matéria orgânica e drenável. Já a luminosidade é aceita a meia sombra e o sol pleno. Quando colocado em situações de estresse como solo muito encharcado, correntes de ar frio, suas folhas tendem a amarelar e cair.

O ficus é considerado uma espécie de raízes agressivas e por isso não é aconselhável colocá-lo em calçadas ou próximo a redes elétricas e de esgoto.

Sua seiva leitosa é tóxica e pode causar irritações e alergias na pele.

Apesar de todo seu histórico, estudos tem comprovado sua eficácia antibacteriana.

Com relação aos seus frutos, eles são muito apreciados por aves e morcegos, além da minha cadela labradora Bela, como você pode ver no vídeo abaixo.

Uma curiosidade com relação ao ficus é que a extração de sua resina (benjoim) ou goma (benjamin) é usada em incenso nas igrejas católicas.

Ademais, é aproveitar essa bela planta ornamental, respeitando todas as suas limitações.

Bora plantar!

 

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ABACAXI ROXO

  • Nome Científico:Tradescantia spathacea
  • Sinonímia:Rhoeo discolor, Rhoeo spathacea, Tradescantia discolor, Tradescantia bicolor, Ephemerum bicolor, Ephemerum discolor, Tradescantia versicolor
  • Nomes Populares:Abacaxi-roxo, Moisés-no-berço, Espada-de-iansã
  • Origem:Américas do Norte e Central, Guatemala e México
  • Altura:pode alcançar de 0,3 a 0,6 metros
  • Luminosidade:meia sombra ou sol pleno
  • Ciclo de Vida: perene

O abacaxi roxo é uma planta herbácea, rizomatosa, de folhagem perene e colorida, muito ornamental. No paisagismo, o abacaxi roxo é uma forração tropical e pode ser utilizado em maciços ou bordaduras sob sol pleno ou meia sombra, ou em composições com outras plantas igualmente geométricas, como agaves e bromélias por exemplo. Também é perfeito para jardins rochosos, crescendo entre as fendas. Pode ser plantado, ainda, em vasos e jardineiras.

  • USO DO ABACAXI ROXO NA JARDINAGEM:

É usado com frequência em maciços e bordaduras, tanto a meia sombra como em sol pleno. Vai bem em vasos, kokedamas, jardineiras e terrários fechados.

 

OBS: KOKEDAMAS

 É uma técnica japonesa de arranjos suspensos, presos muitas vezes por fios de nylon ou cordas de sisal, que dão um toque rústico à composição. A aparência deste tipo de arranjo lembra a de um coco realmente.

Algumas das principais espécies de plantas que podem ser usadas na técnica da kokedama são:

  • palmeira chamaedorea;
  • costela-de-adão;
  • chifre-de-veado;
  • samambaia;
  • filodendros;
  • zamioculca;
  • suculentas;
  • orquídeas;
  • begônias;
  • cactos;
  • jiboia;
  • jade

REGA:

Moderada, uma vez que gosta de solo bem drenado, recomendamos a rega duas vezes por semana, principalmente nos primeiros meses após o plantio. Depois de bem adaptado, torna-se tolerante a curtos períodos de estiagem e é capaz de vegetar sobre solos pobres e rochosos.

O solo muito encharcado pode apodrecer suas folhas.

 

CULTIVO:

Por ser uma planta rústica (sua aparência lembra bromélias), ela é de fácil cultivo, pega com muita facilidade. Para tirar mudas basta separar um dos vários brotos que surgem ao redor da planta mãe, por divisão de touceira, tendo o cuidado de deixar a mudinha com alguma raiz.

Suas flores são discretas, brancas e surgem no meio das folhas em suas brácteas em forma de barco aninhadas nas axilas das folhas, daí o nome sugestivo de “moisés no berço”.

Pode ser cultivada dentro ou fora de casa.

 

TERRA PARA CULTIVO:

Por ser rústica, ela não é muito exigente com o substrato. Pode ser usada uma mistura de plantio composta de 2 partes de terra para jardim para 1 parte de esterco de gado (ou outro composto orgânico) e 1 parte de areia de construção para melhorar a textura do solo e evitar o encharcamento.

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LÍRIO DA PAZ

Nome científico: Spathiphyllum wallisii (originário da América Central)

Naturais de climas tropicais, os lírios da paz crescem no solo da floresta e por isso estão acostumados com muita sombra. Mas florescem melhor quando expostos à luz direta da manhã algumas horas por dia. Em casa, podem chegar aos 40 cm de altura.

Assim como o Antúrio, que é da mesma família, a parte branca do lírio da paz não é a flor dele. Essa parte é a inflorescência dele, a bráctea, folha de onde nasce a flor, que é essa haste que cresce no meio, chamada de espádice.

LUZ

O Lírio da Paz cresce melhor em sombra (2 horinhas de sol da manhã ou final da tarde, por dia, já são o suficiente). Nunca permita que sua planta receba luz solar direta, pois as folhas podem queimar, além de sofrerem demais com o calor.

REGA

Gosta de solo úmido (não pode ser encharcado porque apodrece suas raízes e folhas). Como dito anteriormente, ele não gosta de calor nem de sol direto, portanto, se estiver em período de muito calor e vento, o ideal é molhá-lo até duas vezes por dia, se for o caso.

Use a regrinha do DEDÔMETRO: toque o substrato com a pontinha do dedo e verifique:

  • Dedo saiu limpo e a terra está seca: a planta precisa de água
  • Dedo saiu com um pouco de terra grudada: não é hora de molhar a planta (pode esperar até o dia seguinte)
  • Dedo saiu completamente sujo de terra: quer dizer que toda a terra está molhada (ou até mesmo encharcada) e é importante deixá-la secar mais para poder regar novamente.

O teste do dedômetro serve para qualquer planta de qualquer tamanho.

Caso tenha esquecido de regar seu lírio da paz e ele ficou “desmaiado”, não se preocupe, faça a REGA DE EMERGÊNCIA desse jeito que vou te explicar:

coloque o vaso num recipiente maior, encha com água até quase a boca do vaso e, deixe a planta umas duas horinhas ali que ela se recupera de um jeito quase mágico.

OBS: especialistas alertam que todas as partes do lírio-da-paz (Spathiphyllum wallisii) são tóxicas para os bichos. Os sintomas de envenenamento incluem irritação na boca e nos olhos, coceira, dificuldade de engolir e, nos casos mais graves, até de respiração. Mantenha-o longe de animais de estimação e crianças.

Uma das características mais marcantes do lírio-da-paz são suas flores brancas, que surgem em caules mais longos do que a planta, mas se as flores do seu lírio-da-paz nascem, porém continuam verdes, ao invés de branco, é falta de luz solar. Neste caso, será necessário fazer o processo de RUSTIFICAÇÃO.

RUSTIFICAÇÃO: Passe a planta aos poucos, bem devagar, pra um local onde bata o sol da manhã ou do finzinho da tarde. Essa transição lenta, chamada rustificação, fará com que seu lírio-da-paz dê flores brancas em algum tempo.

Reprodução: por divisão de touceira. Retire a planta do vaso e, separe gentilmente as raízes do torrão. Replante cada touceira num vaso com substrato para mudas misturado com vermiculita, um mineral que ajuda a manter a umidade (parece isopor picado; é superleve e incha quando molhado, o que dá a umidade necessária que o lírio precisa).

Se está separando uma planta mais velha, é um ótimo momento pra adubar e dar mais espaço pra planta crescer mais ainda. Uma boa sugestão é usar Bokashi, tanto o líquido quanto o farelado, que é um adubo bem completo, rico em macro e micronutrientes.

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SOMBRA, MEIA SOMBRA E SOL PLENO

A IMPORTÂNCIA DA LUZ PARA AS PLANTAS

Algum dia, em nossos tempos de escola, já ouvimos nosso professor dizer que as plantas realizam fotossíntese para a produção do seu próprio alimento, constituído essencialmente por glicose, e que depende da luz solar para acontecer.

Basicamente, a planta capta gás carbônico do ar, água da terra ou do ar e a mágica acontece com a entrada de luz solar, que transforma estes componentes em glicose e oxigênio.

A clorofila – grupo de pigmentos que se encontra nas células das plantas – é a responsável por captar a luz solar no processo de fotossíntese.

Para conseguir captar mais luz, as plantas que vivem em lugares mais sombreados tendem a produzir mais clorofila.

Isso explica porque muitas plantas de matas fechadas ou ambientes menos iluminados têm uma tonalidade de verde mais escura.

Muitas delas têm as folhas grandes e horizontais, para captar o máximo de luminosidade que entra por entre as árvores. Estas mesmas espécies, se colocadas em um ambiente com maior claridade, não precisarão produzir tanta clorofila para captar a luz, fazendo com que suas folhas fiquem mais claras.

É possível observar esse fenômeno em espécies como pacová, zamioculca, costela-de-adão, por exemplo.

Não obstante, podemos dizer que cada planta tem sua preferência com relação à quantidade de luz que recebe durante o dia.

Assim como nós, quando preferimos ficar num quarto bem iluminado ou mais numa penumbra ou até mesmo em breu total. Só que, para as plantas, breu total não vale. Seria praticamente um planticídio.

Vejamos algumas características do tipo de ambiente ideal para cada grupo de plantas.

1) PLANTAS DE SOL PLENO

São aquelas que gostam de luz intensa e direta sobre a folhagem, seja dentro ou fora de casa. O famoso sol do meio dia – que não é recomendado para nós humanos – e que, normalmente, vai até umas 16h. 

 

Elas precisam receber pelo menos 8h de sol direto por dia.

 

Algumas espécies que se adaptam bem ao sol pleno são: cactos, suculentas, aspargo ornamental, espada-de-são-jorge, lambari-zebrina, clúsia, cheflera, babosa, dracenas, jade, árvores frutíferas.

 

2) PLANTAS DE MEIA SOMBRA:

O ambiente super claro que recebe aquele solzinho direto e ameno do início da manhã (das 7h às 10h) e o de finzinho de tarde (das 16h30 em diante).

A planta de meia sombra precisa pegar um pouco de sol (metade da manhã ou metade da tarde).

Sei que é um pouco confuso pensar em sombra e imaginar sol, porém ficará mais fácil memorizar se entender que toda planta precisa de sol e que as de meia sombra são aquelas que vão precisar dele pela manhã ou no final da tarde (nunca o sol de meio dia!)

Esta luz (meia sombra) é benéfica para muitas espécies, inclusive as de sol pleno, pois ajuda na floração.

As espécies propícias são: filodendros, aglaonemas, antúrios, peperômias, samambaias, heras e ripsális.

3) PLANTAS DE SOMBRA:

Mais uma vez vem aquela expressão que deixa todos loucos: é de sombra mas precisa do sol (what???).

O ambiente é super claro durante todo o dia, mas não recebe sol direto, em nenhum momento.

A planta necessitará de pelo menos 1 hora de sol da manhã ou do final da tarde.

Exemplos de espécies de plantas de sombra: pacová, zamioculca, jiboia, aglaonema, espada-de são-jorge, lança-de-são-jorge, filodendro e maranta.

Normalmente estas plantas gostam de ficar embaixo de árvores, onde recebem a luz do sol filtrada pelos galhos.

 

OBS: O QUE É O BREU?

É quando a planta não recebe sol nenhum. Às vezes moramos em apartamentos e queremos ter uma casa cheia de verde, entretanto o lugar onde colocamos esses seres, não bate sol nenhum ou muito pouco.

Para não errar na escolha das espécies é importante estudar bem as que combinam mais com o espaço escolhido para elas.

E se, mesmo assim, a plantinha não receber luz alguma, alguma atitude deve ser tomada, seja colocá-la sobre uma prateleira embaixo da janela, suspender o vaso, deixá-la na sacada da varanda, enfim, você ficará com o dever de preparar tudo para a acomodação de sua plantinha, caso deseje permanecer com ela por bastante tempo. 

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ANTÚRIO

ANTÚRIO - o queridinho dos decoradores

Conhecida como uma das plantas mais comuns nas casas de nossas avós, o antúrio chama a atenção por conta de sua beleza e cor vibrante.

Por possuir uma flor em formato coração, essa planta maravilhosa, que inclusive já fez o “papel principal” (rs, rs) em novela de horário nobre, denota hospitalidade, felicidade e abundância.

Embora a maioria de nós chame a parte colorida de flor, na verdade, ela é uma folha modificada (inflorescência) chamada de bráctea. Suas verdadeiras flores ficam agrupadas na espiga e são quase invisíveis a olho nu. Quando a espiga fica cheia de verrugas, é sinal de que as flores vão gerar sementes.

 

Nome científico: Anthurium andraeanum

Origem: América Latina (Colômbia)

Tipos: o vermelho é o mais conhecido, porém existem nas cores rosa, salmão, marrom, branco.

 

Cuidados:

É uma planta tóxica. Cuidado com crianças e animais para que não coloquem-na na boca.

Quem já tem antúrios pode usar esse guia de diagnósticos para identificar problemas ou ainda, entender o processo natural da planta.

Flor velha: as brácteas e as espigas ficam com um formato diferente e desbotado – isso não é um problema, é algo natural.

Flor desbotada: se as brácteas estão nascendo em um tom mais lavado, é falta da luz do sol da manhã.

Folhas amareladas: falta de adubo — vale trocar o substrato se a planta está muito grande ou é mais velha.

Partes moles: se as folhas ou o caule estiverem meio gosmento, é sinal de doença bacteriana. Remova a parte doente.

Pintinhas nas flores: uma doença chamada botrytis. Evite molhar a planta nas folhas, sempre despeje a água no substrato. Nada de substrato encharcado, use a técnica do dedômetro para saber quando molhar. Trate a planta com uma calda antifungo.

Lesmas: excesso de umidade. Verifique se o furo de drenagem está desobstruído e diminua as regas. Se já existem lesmas, use uma isca para removê-las

 

Cultivo: pode ser cultivado tanto em canteiros como em vasos. Gosta de solo rico em matéria orgânica e com boa drenagem; pode usar fibra de coco em seu substrato e não se esqueça de fazer a drenagem do vaso usando pedriscos, pedaços de telha, tijolo, no fundo do mesmo.

É uma planta que gosta de calor mas não de sol direto, sendo assim ela prefere sombra e luminosidade indireta.

A cada 4 anos troque-a de vaso para revitalizá-la.

Com relação à rega, ele gosta de substrato úmido, no entanto cuidado para não encharcar. Molhe sempre que notar a terra seca.

É muito fácil tirar mudas de antúrio, basta fazer a separação da planta em touceira (partes) deixando pelo menos 2 a 3 folhas saudáveis com as raízes.